Esporotricose

Publicado em 28/04/2023 - 18:57  |  Atualizado em 25/04/2025 - 19:14

Doença caracterizada por lesões na pele e causada por um fungo (Sporothrix schenckii) encontrado na natureza. Vários animais, inclusive o homem, podem contrair a esporotricose por ferimentos com vegetais, contato com a terra e arranhadura ou mordedura de gatos que tenham a doença.

Transmissão e sintomas

Atualmente, o gato doente é considerado o principal transmissor da doença para o homem e outros animais, e também o animal mais sensível. Eles se contaminam por meio de brigas e traumas com outros gatos contaminados. A doença começa com o aparecimento de feridas, geralmente na face e nas patas, que progridem para o restante do corpo.

O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais, mas pode acontecer pelo contato com gato doente.

As pessoas também podem adoecer por arranhões e traumas causados por gatos contaminados, e, na maioria das vezes, surge uma lesão avermelhada no local do ferimento causado pelo gato, que pode desaparecer ou aumentar de tamanho e vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. Também podem aparecer dores nas articulações, febre e outros sintomas gerais. Não ocorre transmissão entre pessoas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio do reconhecimento da lesão por um médico, no caso da doença humana, ou um médico veterinário, em animais, e confirmado laboratorialmente pela identificação do fungo no material colhido na lesão.

Tratamento

O tratamento é feito por meio do uso de medicamentos antifúngicos orais por período prolongado. Estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente pelo médico veterinário. Casos graves podem levar o animal à morte. O tratamento deve ser completo e sem interrupções, para que se alcance bons resultados, tanto nos animais quanto no homem.

Prevenção e controle

– Manter os animais sob sua responsabilidade domiciliados

– Castrar gatos e gatas saudáveis para diminuir as saídas à rua e a possibilidade de transmissão da doença

– Usar luvas ao manipular gatos doentes

– Limpar o ambiente com água sanitária

– Gatos em tratamento devem ser mantidos em local seguro e isolado

– Durante todo o tratamento, o animal poderá transmitir a doença ao proprietário

– Cremar os animais mortos. É importante não jogá-los no lixo, rios ou enterrá-los, pois o fungo sobrevive na natureza

– Não realizar curativos locais e não banhar gatos com esporotricose

O INSTITUTO MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, VIGILÂNCIA DE ZOONOSES E INSPEÇÃO AGROPECUÁRIA (IVISA-Rio), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio), é o órgão responsável pela proteção e defesa da saúde da população por meio da prevenção de riscos provocados por problemas higiênico-sanitários em atividades, serviços e produtos de interesse à saúde.

Os serviços do IVISA-Rio incluem ainda a educação sanitária, por meio de capacitações gratuitas para cidadãos e profissionais de diversas áreas, programas de Residência Uni e Multiprofissional e linhas de pesquisa; a inspeção e o controle de doenças transmitidas entre animais e seres humanos (zoonoses) e a investigação de surtos provocados por doenças transmitidas por alimentos, entre outras atividades.

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