Doença caracterizada por lesões na pele e causada por um fungo (Sporothrix schenckii) encontrado na natureza. Vários animais, inclusive o homem, podem contrair a esporotricose por ferimentos com vegetais, contato com a terra e arranhadura ou mordedura de gatos que tenham a doença.
Transmissão e sintomas
Atualmente, o gato doente é considerado o principal transmissor da doença para o homem e outros animais, e também o animal mais sensível. Eles se contaminam por meio de brigas e traumas com outros gatos contaminados. A doença começa com o aparecimento de feridas, geralmente na face e nas patas, que progridem para o restante do corpo.
O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais, mas pode acontecer pelo contato com gato doente.
As pessoas também podem adoecer por arranhões e traumas causados por gatos contaminados, e, na maioria das vezes, surge uma lesão avermelhada no local do ferimento causado pelo gato, que pode desaparecer ou aumentar de tamanho e vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. Também podem aparecer dores nas articulações, febre e outros sintomas gerais. Não ocorre transmissão entre pessoas.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio do reconhecimento da lesão por um médico, no caso da doença humana, ou um médico veterinário, em animais, e confirmado laboratorialmente pela identificação do fungo no material colhido na lesão.
Tratamento
O tratamento é feito por meio do uso de medicamentos antifúngicos orais por período prolongado. Estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente pelo médico veterinário. Casos graves podem levar o animal à morte. O tratamento deve ser completo e sem interrupções, para que se alcance bons resultados, tanto nos animais quanto no homem.
Prevenção e controle
– Manter os animais sob sua responsabilidade domiciliados
– Castrar gatos e gatas saudáveis para diminuir as saídas à rua e a possibilidade de transmissão da doença
– Usar luvas ao manipular gatos doentes
– Limpar o ambiente com água sanitária
– Gatos em tratamento devem ser mantidos em local seguro e isolado
– Durante todo o tratamento, o animal poderá transmitir a doença ao proprietário
– Cremar os animais mortos. É importante não jogá-los no lixo, rios ou enterrá-los, pois o fungo sobrevive na natureza
– Não realizar curativos locais e não banhar gatos com esporotricose