O pombo (Columba livia) é uma ave que faz parte da família dos columbídeos, originária da Europa. Foram introduzidos por volta do século XVI na América do Sul, e se adaptaram aos centros urbanos pela facilidade de encontrar abrigo e alimento. São encontrados no mundo todo, principalmente nas grandes cidades, com exceção das regiões polares. Na natureza, os pombos têm a função de controlar insetos e disseminar sementes das plantas que utilizam como alimento – as sementes são eliminadas nas fezes, prontas para germinar no solo.
Abrigam-se em locais altos, como torres de igreja, forro de telhados, topos e beirais de edifícios, vãos de instalação de ar condicionado, etc. São aves não migratórias e permanecem no mesmo local a vida inteira. Fazem seus ninhos de forma muito rudimentar e com qualquer material, como gravetos de árvores, canudos plásticos, pregos, e até esqueletos de outros pombos sobre seu próprio excremento.
Os pombos vivem de 15 a 30 anos na natureza, e somente de 3 a 5 anos nas cidades. Formam casais por toda a vida, tendo de quatro a seis ninhadas por ano, cada uma com até dois filhotes – os ovos são incubados por 17 a 19 dias. Os filhotes começam a voar com 30 dias, e tornam-se adultos entre seis e oito meses de idade.
Nas grandes cidades há muitas pessoas que alimentam os pombos com milho, pão e até restos de refeições. Recebendo esse alimento, as aves deixam de buscar na natureza os alimentos adequados à sua dieta, como grãos, frutos e sementes. A oferta ou escassez de alimentos influencia a reprodução dos pombos. Em locais onde há fartura de alimentos ocorre o aumento da população destas aves. Se há escassez de alimentos, a população tende a diminuir até chegar a um patamar de equilíbrio. Sua densidade populacional é relacionada às particularidades dos locais que habitam, e à facilidade de acesso ao alimento e ao abrigo.
Riscos à saúde
Vários fungos e bactérias podem se desenvolver nas fezes ressecadas dos pombos. A inalação da poeira desses restos, além do consumo de água e alimentos contaminados por estes micro-organismos, pode causar graves doenças respiratórias, como a Criptococose e a Histopasmose.
Geralmente, as vítimas destas doenças são pessoas que convivem com grande quantidade de aves em ambientes fechados, sem padrões de higiene e sem controle veterinário, ou pessoas com deficiências imunológicas causadas por doenças pré- existentes.
Principais doenças transmitidas por meio de fezes e dejetos dos pombos:
– Criptococose
– Histoplasmose
– Clamidiose
– Salmonelose
– Dermatites
– Alergias
Problemas ambientais
– As fezes dos pombos podem contaminar a água e os alimentos, tornando-os impróprios para o consumo.
– As fezes ácidas dos pombos causam danos em pinturas, superfícies metálicas, monumentos e fachadas.
– Em locais onde os pombos são alimentados ocorre proliferação de roedores e insetos.
Métodos de manejo populacional
A. Medidas de médio e longo prazo
– Uso de pombais de reprodução controlada: Consiste na construção de pombais como pontos de concentração e nidificação das aves, onde os ovos e os ninhos são destruídos de forma controlada. É uma técnica que requer persistência, pois os ovos devem ser quebrados a cada duas semanas, até que a mortalidade natural elimine as aves adultas. Deve ser empregada junto a outras medidas de controle.
– Controle de abrigos
– Evitar alimentar as aves em locais inadequados
B. Medidas de curto prazo
Funcionam como barreiras físicas que impedem ou dificultam o pouso e a instalação das aves.
– Inclinação de superfícies de pouso
– Emprego de acessórios desestabilizadores de pouso
– Vedação de espaços de abrigos
– Uso de telas protetoras
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